quarta-feira, 6 de agosto de 2014
Olá, leitores. Gostaria de me desculpar pela ausência, estou em semana de provas e fica realmente complicado intercalar a literatura com o estudo (carinha triste). Espero que gostem da minha escolha de hoje, esse livro foi recomendado a mim por minha mãe e realmente não me decepcionei em nenhum momento. Livro fantástico!
Dados
técnicos:
Título: O céu vai ter que
esperar!
Título original: Heaven Can Wait
Autora:Cally Taylor
Classificação: 4/5.
Edição: 1
Editora: Bertrand Brasil
ISBN: 9788528614916
Ano: 2011
Páginas: 364
Sinopse: Lucy
Brown tem tudo no que pediu a Deus: um noivo incrível, planos para um casamento
dos sonhos, a vida que sempre quis... Está tudo pronto para subir ao altar com
Dan, mas então o impensável acontece...
Lucy bate as
botas.
Ainda estou
digerindo todos os capítulos, páginas e parágrafos de O céu vai ter que
esperar. Fui arrebatado. Devo confessar que realmente não esperava grandes
coisas da obra, porém, felizmente fui surpreendido. Cally Taylor consegue
balancear todos os elementos da obra com uma incontestável maestria, um punhado
de humor ali, algumas intrigas e revolta
lá e muito romance preenchendo o todo.
Cally é impiedosa. Ao mesmo tempo em que faz
com que você exclame, bata com a cabeça no travesseiro de desespero e de raiva
de algumas personagens, ela faz com que você os ame. Ainda estou aflito.
Devo ressaltar aqui que o desfecho da obra foi absolutamente incrível.
Como Taylor pode ser tão irrefutavelmente sádica ao ponto de me divertir e adorar cada frase do final?
“O que você
faria se achasse que está às portas da morte?
a) Gritaria e avisaria a todas
as pessoas próximas?
b)
Não contaria a ninguém e se desesperaria sozinha?
c)
Fingiria que nada estava acontecendo.
Eu ergui minha
calcinha e me acabei de chorar.” Página
7
A história de
Lucy Brown realmente me emocionou. Lucy é uma mulher bem sucedida, resolvida e
emocionalmente equilibrada que reside na grandiosa Londres. Ela divide sua
adorável casa com o noivo, Dan. Ele é apresentado na obra como um grande homem,
lindo, mas nada convencido, compreensivo e bem humorado. Os dois formavam um
casal perfeito.
O romance é iniciando com a narrativa de
uma desesperada Lucy que acredita que está com uma doença renal em estágio
terminal (felizmente não passa de um mero engano). A temática “morte” é
facilmente exposta na trama a partir daí.
A véspera do casamento finalmente chega. O
engano da noite passada nem mais passava pela cabeça da recém acordada noiva, que
deveria se preocupar apenas com assuntos de verdadeira importância.
Anotar todos os lugares nas mesas, terminar
de arrumar os arranjos das mesas, ligar para o fotógrafo... Ufa, esse era
apenas o inicio da lista “coisas a fazer”, entretanto, Brown resolve deixar a
listagem um pouco de lado e apreciar seu vestido de noiva. Dentro do armário,
fechado um enorme saco à prova d’água, estava o vestido- um tomara que caia
marfim, com um corpete bem estruturado e
uma saia ampla e rodada, delicadamente bordada com diminutas pérolas. A peça não
era nem muito simples nem muito extravagante. Era perfeito.
Lucy não pôde impedir que os pensamentos de
um futuro quase certo fluíssem em sua cabeça. Ela atravessaria a nave da
igreja até Dan, sua alma gêmea, e finalmente se casaria. Brown passaria a lua de mel com seu adorável
marido, voltaria para casa e um tempo depois, quem sabe, não poderiam ter
filhos?
Lucy Brown não concretizaria nenhum daqueles anseios. Lucy Brown morre.
Um estupendo infortúnio. Ela deveria ser a mulher mais azarada do mundo,
afinal, quem morria na véspera do casamento?
“[...] A
escada rangeu e balançou, e virou de lado. Gritei e tentei em vão me segurar em
alguma coisa, mas a tolha se soltou do meu corpo e caí no vazio.
Meu primeiro pensamento enquanto despencava
em direção ao carpete foi: merda, esqueci a trava. O segundo foi: isso vai doer
bastante.
E doeu, mas apenas por um mísero segundo,
Minha cabeça bateu no corrimão, meu pescoço
torceu e estalou, e eu caí sobre o carpete com um baque surdo.
E foi assim. Eu estava morta.” Página 21
Em um piscar de olhos, Lucy encontra-se no
limbo.
Sua
recepção, infelizmente, não é feita por São Pedro e sim por seu primo: São Bob.
Nossa protagonista, então, é apresentada a duas possibilidades distintas entre
si: ir para o céu ou voltar para Terra.
Sua
decisão é claro, fora retornar a Terra, porém, tudo tem seu preço. Lucy Brown
teria de voltar como uma espécie de morto-vivo e cumprir uma missão em até 21
dias. Fácil, não é? Não. Se ela realmente quisesse ficar com o seu amado, e
conseguisse terminar a missão, teria de ser como um fantasma. Caso contrário,
a jovem voltaria imediatamente para o limbo e seria direcionada ao céu, ela
deveria, então, viver lá por toda a eternidade. Entretanto, a decisão já estava
tomada. Lucy estaria com Dan, e isso era apenas o que importava.
Ela descendeu, então, para a Terra.
Enquanto Lucy descia pela escada rolante,
arquitetava um plano: ela chegaria
a sua nova moradia ( em que ela deveria viver com outros aspirantes a fantasma)
e cumpriria logo essa missão, quem sabe não poderia encontrar Dan? Todavia,
nada seria simples dali para frente. Ao chegar à Terra, deparou-se com uma casa
imunda habitada por um homem de meia-idade fissionado por trens (e com um
cheiro nada agradável) e uma gótica depressiva,gorda, extremamente
maquiada e mal-humorada.
Lucy Brown
dali para frente enfrentaria uma sucessão de acontecimentos inesperados que
decidiriam seu destino de uma vez por todas.
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Nossa, adorei!
ResponderExcluirParece ser bem legal de ler, e pelo que falou do livro, eu vou adorar!!
Beeijos
www.maniasincontrolaveis.blogspot.com
Olá, Patrícia. Agradeço por ter lido e recomendo sim que compre-o.
ExcluirAbraços.